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A história da marca Gucci: A origem da grife com estilo eclético

  • Foto do escritor: Mahyana Nascimento
    Mahyana Nascimento
  • 19 de ago. de 2024
  • 8 min de leitura

Atualizado: 7 de jul.

Com uma estética ousada, eclética e inconfundível, a Gucci transformou o luxo em expressão máxima de personalidade.


Com seu inconfundível GG entrelaçado, a Gucci é muito mais que uma marca de luxo — é um símbolo de identidade, ousadia e estilo. Neste artigo, você vai descobrir como uma pequena oficina de couro deu origem a uma das grifes mais icônicas e desejadas do mundo.


Gucci loja da marca de luxo Iiana


Quem foi o criador da Gucci: A História de Guccio Gucci


Guccio Gucci nasceu em Florença, Itália, em 26 de março de 1881. Filho de um artesão de chapéus, ele cresceu rodeado por tecidos e couro, mas foi a vida dos ricos que mais lhe chamou atenção. Já imaginou trabalhar num hotel só pra espiar o estilo dos ricos? Pois foi exatamente o que ele fez: Guccio foi porteiro no sofisticado Hotel Savoy, em Londres, onde ficou encantado com as malas impecáveis e os trajes de quem vivia com luxo.


Fundador da Gucci Guccio Gucci

Ao retornar à Itália, em 1921, fundou a Gucci, inicialmente uma pequena loja de selaria. Casado com Aida Calvelli, com quem teve seis filhos, entre eles Aldo, RodolfoGrimaldaUgo e Vasco, Guccio dedicou sua vida à construção de um império da moda. Guccio faleceu em 2 de janeiro de 1953, em Milão, aos 71 anos. deixando um legado que se perpetua até os dias de hoje.


Origem da marca Gucci


A história da marca começa em 1921, quando Guccio Gucci teve uma visão revolucionária sobre a fusão da tradição artesanal italiana com a sofisticação britânica. Após retornar à sua cidade natal, Guccio abriu uma pequena loja de artigos de couro na Via della Vigna Nuova, Florença, especializada inicialmente em malas de viagem e acessórios de equitação.


Gucci loja Florença 1940
Gucci loja Florença 1940

Nos primeiros anos, a Gucci se destacava pela qualidade excepcional dos produtos e pela estética única, conquistando rapidamente a preferência da aristocracia europeia e celebridades. A marca ficou conhecida por suas peças sofisticadas e duráveis, que combinavam praticidade e luxo, um reflexo direto das influências de Guccio, que queria criar algo que fosse ao mesmo tempo elegante e funcional. À medida que o sucesso crescia, a marca ampliou seu portfólio, começando a produzir bolsas, calçados e outros acessórios de couro.


Gucci Bolsas

Durante a década de 1930, devido às sanções impostas à Itália pela Liga das Nações, a marca enfrentou dificuldades para obter couro importado. Como resposta criativa, a marca desenvolveu o canvas Diamante, uma padronagem impressa em lona que unia a leveza do tecido com a resistência do couro aplicado em pontos específicos da peça.


Gucci Canvas

Em 1947, a grife criou a icônica Bamboo Bag, uma inovação na indústria da moda. A bolsa foi projetada com uma alça feita de bambu japonês, um material que estava em abundância após a Segunda Guerra Mundial, quando o acesso a outros materiais estava restrito. A escolha do bambu conferiu à peça um design único e funcional, além de ser uma alternativa criativa e sustentável. O bambu, leve e resistente, proporcionava um toque de exotismo e modernidade.


Gucci Bamboo Bag

Segunda geração Gucci: A liderança dos filhos


Após a morte de Guccio, seus filhos assumiram a empresa e deram início à sua expansão internacional. Já em 1951, seu filho, Rodolfo Gucci, abriu a primeira loja da grife em Milão, marcando o início da expansão internacional da grife. Além disso, em 1953, Aldo Gucci, seu outro filho, inaugurou a primeira loja da marca nos Estados Unidos, em Nova York.


Irmãos Rodolfo Gucci e Aldo Gucci
Irmãos Rodolfo e Aldo Gucci

No mesmo período, a grife introduziu o ícone que definiria a identidade da marca no mundo da moda: A Gucci Horsebit, um símbolo de arreio de cavalo nas alças de bolsas e calçados. Também foram criados os loafers com detalhes de metal, que se tornaram um dos produtos mais populares da marca. Os produtos inovadores refletiam a excelência artesanal da grife, refletindo o compromisso da marca com a excelência artesanal, e representando sua herança no universo da equitação.


Gucci loafers horsebit
Loafers Horsebit

Ascensão da marca Gucci: Qualidade e tradição


Dos anos de 1950 a 1960, ela se tornou uma das marcas mais famosas do mundo da moda. Suas bolsas icônicas e estampas de cavalos conquistaram a atenção de celebridades e fashionistas. A marca expandiu-se para roupas, calçados, acessórios, maquiagem, fragrâncias e decoração de casa, consolidando sua posição como uma grife de prestígio.


Gucci 1973

Após a Segunda Guerra Mundial, a marca expandiu internacionalmente, abrindo lojas em Nova York, Londres e Paris. Nessa época, a grife italiana inovou ao introduzir novos materiais e estampas em suas criações. O bambu, utilizado nas alças de bolsas, se tornou um ícone da marca, assim como a estampa Flora, criada especialmente para a atriz Grace Kelly.


Gucci flora Grace Kelly
Estampa Flora, Gace Kelly Fonte: Caras

Gucci: Símbolos e impacto cultural


A influência da maison é inegável. Ela moldou a moda e definiu tendências ao longo das décadas. Seus produtos são símbolos de status e bom gosto, e a marca continua a inspirar gerações de amantes da moda. A paixão de Guccio pelo hipismo e pela cultura equestre influenciou a criação de alguns dos símbolos mais icônicos da marca:


Gucci Logotipo

  • GG: As iniciais do fundador da marca, entrelaçadas, formaram o logotipo mais icônico da marca e está presente em diversos produtos, desde bolsas e sapatos até roupas e acessórios.

  • Web: A tira verde e vermelha, inspirada nas rédeas de cavalos, é outro símbolo fundamental. A web, como é conhecida, foi introduzida na década de 1950 e desde então se tornou uma assinatura da marca.

  • Horsebit: A fivela em forma de estribo de cavalo, é outro elemento distintivo. Introduzido na década de 1950.

  • Serpente: A serpente, com suas conotações de poder e sedução, tornou-se um símbolo recorrente nas coleções da Gucci.

  • Flora: A estampa floral, inspirada em um desenho original criado para Grace Kelly, é outro elemento icônico.

  • Bambu: A alça de bambu, introduzida na década de 1940, é um símbolo da criatividade e da capacidade de adaptação. A alça de bambu foi criada como uma alternativa aos materiais escassos durante a Segunda Guerra Mundial e se tornou um clássico da marca.

  • Diamante: O diamante, com suas facetas e brilho, é outro símbolo utilizado em diversos produtos, como joias, bolsas e acessórios, para simbolizar luxo e exclusividade.

  • Trevo: Introduzido na década de 1960, apesar de não ser um símbolo tão proeminente, o trevo pode aparecer atualmente em detalhes discretos de algumas peças, como: estampas, joias e acessórios.


Conflitos e desafios na história da família Gucci


A história da empresa foi marcada tanto por conquistas quanto por conflitos familiares e empresariais.


  • 1980: Após os filhos assumirem a liderança, a falta de uma direção clara e as disputas internas entre os herdeiros resultaram em uma crise financeira, colocando a grife em um período delicado.

  • 1988: Paolo, filho de Aldo, foi processado por lançar sua própria linha de produtos, a Gucci Plus, o que gerou ações legais contra membros da família que tentaram usar o nome da marca para lançar produtos ou negócios próprios.

  • 1989: Maurizio, filho de Rodolfo, adquiriu a participação majoritária da empresa, entrando em conflito com seu tio Aldo. Esse período foi marcado por disputas judiciais e acusações de evasão fiscal contra Aldo, resultando em sua prisão em 1986

  • eggiani. O evento chocante trouxe à tona ainda mais conflitos familiares e disputas pela herança da marca.

  • 1990: A maison foi adquirida pelo grupo francês Pinault Printemps Redoute, o que trouxe uma reviravolta à marca.

  • 1994: Tom Ford se destacou como diretor criativo, conquistando uma nova geração de consumidores e imortalizando a marca como sinônimo de sex appeal e elegância irreverente.

  • 1995: Maurizio foi assassinado em Milão, um crime encomendado por sua ex-esposa, Patrizia Reggiani

  • 2008: Guccio Jr. e seu irmão Alessandro, bisnetos de Guccio e filhos de Paolo, fundaram a ToBeG.

  • 2012: A marca processou os bisnetos por utilizarem o nome "Guccio Gucci" em sua marca ToBeG Srl, alegando concorrência desleal, pois o uso do nome causava "confusão com os produtos e atividades comerciais da grife".

  • 2014: Guccio Jr. foi preso por falência fraudulenta e fraude fiscal. Ele presidia a empresa Esperienza Srl, que operava com a marca To Be G. A falência foi declarada para evitar o pagamento de uma dívida de cerca de 400 mil euros, enquanto a empresa possuía ativos de aproximadamente 800 mil euros na época.

  • 2020: Alexandra Zarini, bisneta de Guccio e filha de Patricia, processou seu ex-padrasto, Joseph Ruffalo, sua mãe e avó, acusando abuso sexual na infância e alegando que a família encobriu os crimes. O caso gerou repercussão, com investigações revelando tensões dentro da família.

  • 2023: A marca enfrentou críticas por utilizar feltro de coelho em sua coleção de Ano Novo Chinês, levando ativistas a questionar a utilização de peles animais.

  • 2023: Funcionários da grife realizaram uma greve em Roma devido à transferência de 153 de 219 empregados para Milão, alegando demissão coletiva e protestando contra a decisão da empresa.

  • 2025: O diretor criativo Sabato De Sarno deixou a maison após dois anos no cargo, sendo substituído por Demna Gvasalia, ex-Balenciaga.


Até o momento, não há registros de novos conflitos ou escândalos envolvendo a família Gucci.



Gucci hoje: Modernidade e sustentabilidade


Após a saída de Tom Ford, a Gucci passou por várias mudanças em sua direção criativa, mas sempre mantendo sua essência e identidade. Atualmente, sob a liderança do CEO Marco Bizzarri e a direção criativa de Alessandro Michele, a marca continua a surpreender o mundo da moda com seu estilo eclético e maximalista. Michele resgata elementos do passado da grife, reinterpretando-os de forma contemporânea e criando peças que celebram a individualidade e a expressão pessoal.


A grife Italiana tem adotado uma abordagem mais sustentável, promovendo práticas responsáveis tanto no âmbito social quanto ambiental. Suas coleções, juntamente com colaborações com artistas e designers renomados, mantêm a marca relevante e desejada por consumidores ao redor do mundo. A marca se mantém fiel à sua essência em cada criação, assegurando que o icônico estilo da marca seja reconhecido instantaneamente em qualquer lugar


Gucci no Brasil: Presença da marca no mercado de luxo nacional


A primeira loja da Gucci no Brasil foi inaugurada em 1994, no Shopping Iguatemi, em São Paulo. Desde então, a marca se tornou uma das mais desejadas, com uma base fiel de fãs e presença em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. A Gucci é constantemente vista em eventos de moda, como o lançamento de uma coleção exclusiva em Curitiba, em 2024, e sua parceria com a Vogue Brasil em 2025, no Rio de Janeiro.


Gucci loja JK Shopping São Paulo Brasil
Gucci Shopping JK Iguatemi São Paulo

A marca também tem se destacado pelo seu compromisso com causas sociais no país: Em julho de 2020, o Grupo Kering, proprietário da Gucci, anunciou a doação de R$ 1,6 milhão para combater a pandemia de COVID-19 no Brasil. Esse valor foi destinado a até oito instituições de saúde de alto risco no país, com o objetivo de reduzir a disseminação do vírus entre profissionais de saúde e pacientes.



A história da marca italiana Gucci é uma jornada de sucesso, marcada por inovação, tradição e sofisticação. Desde suas origens como uma pequena oficina de couro, a grife de luxo Gucci se tornou uma das marcas de luxo mais desejadas do mundo. Reconhecida por sua qualidade, design exclusivo e estilo único, a marca italiana é um símbolo de status, elegância e um estilo de vida sofisticado. A marca de luxo Gucci continua a ser uma referência global em moda, consolidando seu lugar como uma das grifes mais icônicas da história.


Mergulhe na fascinante história da Gucci com o livro: Casa Gucci, de Sara Gay Forden. Uma leitura envolvente que revela os bastidores da icônica marca italiana, explorando suas origens, os conflitos familiares e a ascensão de um império global.


Livro Casa Gucci
Livro Casa Gucci, Sara Gay Forden

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Mahyana Nascimento


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